CES 2O23: Um gadget apenas para twittar, um anti
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CES 2O23: Um gadget apenas para twittar, um anti

Apr 02, 2024

Mesmo gigantes da tecnologia como Apple, Amazon e Nintendo podem falhar ocasionalmente, tal como qualquer outra empresa. “Muitos fundadores têm esse preconceito de pensar que são gênios e que tudo o que fazem é muito certo”, diz Narek Vardanyan, CEO da Prelaunch.com. Porém, nem sempre é assim, como pode ser visto na “galeria de flops” que a empresa de Vardanyan criou na CES 2023, a feira de tecnologia mais importante do mundo. Esta exposição mostra algumas das maiores e mais inesperadas falhas tecnológicas das últimas décadas.

O TwitterPeek só funcionou com uma rede social: o Twitter. Para Vardanyan, que explica que 80% dos produtos falham porque não há mercado para eles, isso é o mesmo que ter um carro que só pode levar você a um lugar. O gadget, desenvolvido pela empresa Peek e lançado em 2009 por aproximadamente US$ 200, foi um fracasso simplesmente porque os usuários do Twitter já estavam adquirindo smartphones que podiam twittar. “O TwitterPeek é tão idiota que faz meu cérebro doer”, escreveu na época um especialista do site de tecnologia Gizmodo.

Em 1999, a empresa Rejuvenique achou que seria uma boa ideia lançar uma máscara facial que se adaptasse perfeitamente a um filme de terror. Ele deveria ser amarrado à cabeça do usuário para tentar reduzir rugas e tonificar os músculos faciais com estimulação elétrica. Apesar de o FDA ter declarado que não era seguro, ele ainda foi colocado no mercado um ano depois. Seu fim foi tão enigmático quanto a própria máscara: ela “desapareceu misteriosamente”.

O console Virtual Boy, voltado para aproveitar os gráficos 3D, virou uma dor de cabeça para a Nintendo. Além do efeito 3D não ter feito muito sucesso, deixou os jogadores tontos. Seu tamanho também não ajudou: algo planejado como um console portátil acabou sendo uma máquina enorme, pesada e difícil de transportar. Além disso, os usuários tinham que se inclinar para frente enquanto jogavam, o que também causava dores no pescoço. A Nintendo interrompeu a produção deste dispositivo em 1996, um ano após o seu lançamento.

O DMC-12, construído entre 1981 e 1982 pela DeLorean Motor Company, tinha asas, mas não conseguia decolar. De acordo com o Prelaunch, foi um carro fenomenal que falhou devido à má gestão e marketing. O carro – mais conhecido por seu destaque na trilogia De Volta para o Futuro – se destaca por suas portas em formato de asa de gaivota e carroceria em aço inoxidável polido.

A Apple lançou o iPod Hi-Fi em 2006 como um sistema de alto-falantes para o iPod que redefiniu o conceito de aparelho de som doméstico. Porém, conforme explica o Prelaunch, a empresa o abandonou após 18 meses, pois não atendeu às expectativas de vendas. Embora produzisse som de qualidade e fosse bastante bem recebido no lançamento, não era tão portátil quanto o iPod, frustrando seu próprio propósito (sem falar no fato de que existiam opções mais baratas e com melhor qualidade de som no mercado).

Na imaginação da Nokia, o N-Gage era uma situação em que todos ganhavam: um telefone e um console de videogame, tudo em um só. O aparelho, de 2003, foi uma das primeiras tentativas de lançar um aparelho portátil de jogos no mercado mobile. No entanto, acabou falhando devido a um erro de implementação, de acordo com Vardanyan. A empresa estragou o design e criou um produto que não era nem um telefone confortável nem um console portátil confortável. Além disso, trocar de jogo era uma provação: o usuário tinha que retirar a tampa traseira e a bateria.

O Google TV Remote foi uma tentativa de integrar televisão e internet. Quando foi lançado em 2012, o objetivo era trazer o gigante das buscas para a sala do usuário. Porém, o que se esperava que fosse um grande sucesso acabou em fracasso total. O controle remoto, fabricado pela Sony, tinha mais de 80 botões e controles separados – nem é preciso dizer que não era fácil de usar. “Se você pensava que o Google TV tornaria assistir à internet na sua televisão tão simples quanto clicar em um botão, você estava meio certo. Envolve um botão. Na verdade, 81 deles”, declarou o The Guardian.

O fundador da Amazon, Jeff Bezos, anunciou em 2014 que a empresa fabricaria e venderia o Fire Phone para competir com a Apple e a Samsung. O aparelho, que recebeu críticas negativas desde o primeiro dia, deixou de ser vendido um ano depois. O Prelaunch explica que, em vez de realizar a pesquisa adequada, a Amazon simplesmente fez suposições sobre o que importava aos seus clientes, quanto eles estavam dispostos a pagar – até mesmo os aplicativos que queriam. Todas elas incorretas, infelizmente.